Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará apontou que o estado nordestino possui taxa superior a 35% de pessoas portadoras de algum tipo de câncer, comparado a outras cidades que não possuem lavouras em outras localidades do país.
A médica Ana Clara, em entrevista com o G1 afirma que “A exposição ocupacional e ambiental aos agrotóxicos na região é tão intensa, que não há como a gente afastar essa possibilidade. Se os agrotóxicos não são os únicos responsáveis pelo desencadeamento destas doenças, eles provavelmente são um dos principais fatores que estão causando estas doenças”.
Por se tratar de uma região rica em produção de frutas, os produtores utilizam milhões de litros de agrotóxicos.
“Em 2012, o Globo Rural mostrou o início da pesquisa do doutor Ronald Pinheiro. Ele coletou amostras da medula óssea de 43 trabalhadores rurais da região. Onze deles apresentaram alterações cromossômicas. Segundo a pesquisa, isso pode causar câncer.” (G1)
Outras regiões também sofrem do abuso na utilização de agrotóxicos, como o Espirito Santo que registra o maior número de casos com intoxicação pelo uso do mesmo, e o Rio Grande do Sul, com o Vale do Rio Pardo que possuí como símbolo a produção de tabaco, cultura que demanda o uso desses produtos e o mesmo tem número significativos de pessoas com depressão e pânico.
“Pesquisas relacionam a exposição aos agrotóxicos com o aumento nos casos de depressão, pânico e distúrbios alimentares. A taxa de suicídios em Santa Cruz do Sul é de 28 por 100 mil habitantes. No Brasil, é de 5 por 100 mil habitantes.” (G1)
Portanto, é importante que produtores de todo o país, independente da cultura fiquem atentos a utilização de agrotóxicos, procurando salientar a importância do bem-estar dos consumidores de seus respectivos produtos.
Veja a matéria na íntegra acessando ao link: G1