A região Noroeste do Estado de São Paulo é uma grande produtora de limão da variedade taiti, com mais de 1 milhão de pés, produzindo 100 mil toneladas da fruta. A pesquisadora Mariângela Cristofani Yaly está à frente do estudo com porta enxertos, que pode dar ainda mais força a esse mercado.
A pesquisa constitui em avaliar o porta-enxerto do limão taiti, que é a parte da planta que fica no solo, sendo responsável por várias características da planta e da fruta como: sabor, conteúdo químico, porte da planta e resistência a doenças e à seca.
A técnica consiste na enxertia de um material genético mais rústico, que dá condição para o bom desenvolvimento da planta. O pomar experimental foi plantado em 2013 em uma unidade da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), em Pindorama (SP).
A partir de uma comparação, a variedade mais conhecida é a quebra-galho, a qual é possível plantar cerca de 400 pés por hectare, o que corresponde a uma produção de 30 toneladas de limão por safra. Com uma das novas variedades, a produção pode chegar até 33 toneladas.
Uma copa com menor porte não precisa ser podada, facilitando a colheita e ainda aumentando a influência da pulverização.
Os frutos de cada porta-enxerto vão para o laboratório. A pesquisadora Maria Beatriz Bernardes Soares checa os componentes dos limões de cada porta-enxerto testado, sendo avaliados: acidez, tamanho, peso, quantidade de suco, vitamina C e o teor de açúcar. Depois de todos esses testes, é possível apontar qual o melhor porta-enxerto. Ao todo, foram estudados 17 tipos de porta-enxertos. Segundo a pesquisadora, dois deles se destacaram. Um pela parte física e rendimento de suco. O outro, pela parte química, teor de açúcar, vitamina C e qualidade do suco.
Pesquisa avalia uso de porta-enxerto em pomares de limão
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- Escrito por: Ricardo Costa Rossi
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